Não é novidade para ninguém que os próximos meses serão muito difíceis para a maioria dos varejistas, redução de demanda, lojas fechadas, perda de poder aquisitivo da população, crédito caro e difícil, resolução do STF de repassar para os sindicatos os acordos de redução de salário, são alguns dos componentes desta crise que está tirando sono dos varejistas.
Toda a esperança que os bons resultados do setor em janeiro ( 1,2% no restrito e 0,7% no ampliado) trouxeram, será exterminada pelos impactos negativos da pandemia do coronavirus.
A cada dia que passa sem que nada de novo aconteça, fará com que a situação fique mais complicada ainda, devido à interrupção do fluxo de caixa.
Diante desta situação a Panelli Associados, baseada nos dados atuais e principalmente na vasta experiência de seus consultores criou 10 sugestões s para ajudar os varejistas a mitigar os impactos negativos desta crise.
- Garanta a segurança dos funcionários e dos clientes, através de disponibilização dos EPIs adequados a cada função;
- Note que a recuperação das vendas não ocorrerá na mesma velocidade das aberturas das lojas, já identificamos que na China as vendas não estão no mesmo patamar de antes da crise. No Brasil devido a questões econômicas esta recuperação poderá ser ainda mais lenta;
- Revise todo o planejamento de demanda para este ano, adequando as compras e o plano de compras à nova realidade. Entendemos que alguns setores sofrerão mais que outros, por isso é muito importante analisar com profundidade cada segmento de mercado;
- Atente que no Brasil por nossa experiência de várias crises ( plano Collor, congelamentos de preços ) a volta ao mercado, devido a demanda reprimida, é potente e passa falsa sensação que tudo está bem, não caiam nesta, o mercado volta ao normal rapidamente e para aqueles que não estiverem preparados a conta será alta;
- No caso da flexibilização da quarentena ocorrer no 22/04, ainda dará tempo de salvar o Dia das Mães, lembre-se que vendas perdidas não se recuperam, portanto aproveitem este momento para sem medo fazer as promoções necessárias para se livrarem de estoques velhos e produtos “slow movers”;
- Aproveite este momento para olhar a operação como um todo (visão helicóptero), cortem sem dó, todas as despesas que não sejam essenciais, coloquem metas mensuráveis de redução de despesas, negociem e revisem:
- Com prestadores de serviços, honorários e “Fees”;
- Com shoppings e locadores, aluguéis (algumas lojas já conseguiram via justiça, suspensão temporária do pagamento de aluguel durante o período de quarentena);
- Custo e variedade de embalagens e insumos;
- Com transportadores, fretes e processos logísticos;
- Com funcionários e acionistas, redução salarial, suspensão temporária de pagamento de bônus e dividendos;
- Revise e posterguem todos os investimentos aprovados e liberados para este ano, sejam criteriosos para não cortar investimentos essenciais, somente aqueles que podem esperar;
- O plano de marketing deve ser revisto e adequado ao momento, agora, talvez diminuir marketing de vendas e aumentar o de informações uteis a sociedade. Após a abertura das lojas rever equilíbrio entre propagandas “hard sell” e “institucional”. Invistam em experiências emocionais e marcantes para o cliente, tanto online como nas lojas.
- Acelere os projetos de vendas online, ser uma empresa Ominichannel será primordial para sobrevivência no futuro;
- Invista em processos de vendas por consignação a clientes finais, esta prática é muito comum no mercado de luxo, devido ao momento entregar produtos em casa para clientes ativos e fiéis poderem escolher e comprar, pode ser uma alternativa criativa de vendas e fidelização. Momentos como este mostram a importância das empresas manterem o cadastro de seus clientes sempre atualizados.
Até o próximo “Small Tip, Big Clic”